terça-feira, março 17, 2009

Obscena, se enrosca sobre a minha pele enquanto durmo. Caminha nas pontas dos pés, e me morde o pescoço. Lambe as costas, beija as dobras, arranca o juízo. Você e a sua juba imensa, entrelaçada, aos meus pedaços.

Cheia, felpuda, grisalha.

Naquele quarto suado, as mãos ainda abraçam os corpos. O cheiro se espalha por toda a casa. Nossa cortina improvisada exibe o show para os vizinhos.

Você, enorme, dentro de mim. E eu, fazendo o café da manhã.