segunda-feira, março 08, 2010

Ela gostava da estante branca. E pela quantidade de livros, desconfiava que o dono legítimo do quarto fosse um bom escritor. Às vezes, quando teu amor saia para fazer café, ela corria e escolhia um livro. Abria páginas ao acaso. E como por milagre, só lia palavras belas. Os gozos vivenciados no quarto já eram poemas na estante. O romance estava escrito em pequenos pedaços existentes. A literatura havia predestinado aquele encontro. Talvez por ele, ser uma vogal e ela ser uma consoante. Deveriam, a partir de agora, andarem juntos. Unidos, inseparáveis. Uma sílaba presente em todas as marchinhas de carnaval.

Um comentário:

alvo de fora disse...

parabéns, pat, sempre inspirada!!!
beijos!!! quando estreiam??