quinta-feira, setembro 18, 2008

Aquela parte que se esconde atrás da imagem do espelho distorcido.



desenho Taigo Meirelles
foto e photo eu e eu mesma

Escancarada, repetitiva e deitada na sua cama. Faço poses descompassadas enquanto suplico que teus olhos seletivos apreciem a minha obra inacabada. Eu, um emaranhado de traços e letras. O caos orgânico urbano. A mistura exata entre a virgem e a puta. Entregue. Saudosa. Inteira. Deitada. À espera de você, minha rima boemia. Do gosto embriagado. Dos desenhos derretidos. Da voz grave. Eu danço um jazz rouco sobre a sua cama vazia - caço o cheiro, suor, cacho de cabelo - quero ser a tua tela em branco. Mas por enquanto é o silêncio que me pinta.

6 comentários:

PHeuliz disse...

Como é um jazz rouco? risos
Paty, é uma viagem teus poemas,... que eu adoro!

=*

Anônimo disse...

Nuh!! Vc nunca pega leve não né? Já que é vento, que seja furacão!! MUITO BOM!! Vou visitar esse blog com mais frequencia! :)

Bjoss!

Princesa Sisi disse...

te pinto com o silencio dos olhos.

Poeta Punk disse...

Muito bom!!! Voltei a escrever!!! Minha primeira intervenção concreta!

Habitante disse...

Jazz rouco me faz lembrar a "casca de extensao fixa e profunda como um sino rouco" que Neruda escreve em sua Arte Poética
Bjos

Anônimo disse...

... (se desse pra comentar com um sentimento, com uma surpresa, eu comentava).