quarta-feira, janeiro 16, 2008

Mensalmente


Há um vulcão escondido
De onde brota sangue grosso.
Forte, quente e vivo.
Lágrimas de algo que foi morto.

Ele jorra aos montes.
Escorre entre as minhas pernas
Limpando a dor ou o amor antigo.
E muitas vezes, suja o meu vestido.

O sangue se esparrama pelo chão,
Não faz cerimônias ou concessões
Apenas me afoga em seus braços lânguidos.
E reafirma algo que tento esconder.

Não há fruto, não há semente
Nem espera ou desespero
Apenas uma mulher que colore
De vermelho, o banheiro.

9 comentários:

NET WINES disse...

Intenso, sincero e genial!
bjs!

garoto de reticências disse...

engana-se.
houve uma semente. uma semente que se afogou numa maré vermelha e consistente.
e a mulher do banheiro se sente mágica, fazendo a passagem de uma semente que não germinou

Anônimo disse...

Patrícia,

Por acaso cheguei;
a porta estava "entreaberta",entrei.
por um bom tempo aqui fiquei.
Gosto de apreciar o que é bom!
Gosto de sentir o que é belo!
Apreciei e senti!
Voltarei!
Beijos
ana maria

Princesa Sisi disse...

cru

Anônimo disse...

Patricia,

Volto hoje para convidá-la a conhecer meu blog, muito simples, pois tudo que escrevo foge aos padrões lógicos, literariamente falando.
http://anamdivino.blogspot.com/
Apareça por lá, gostei de lê-la.
ana maria

Anônimo disse...

Eu também queria pintar aquela parede de vermelho, vermelho sangue! Pra dar mais vida!

Eu quero VIDA!

Eu quero desesperar!

Vem comigo?

Amo você

Anônimo disse...

Patrícia,

Demorei, época de férias, visitas, viagens, mas estou aqui para aqradecê-la pela visita. É muito bom receber amigos! Espero que a gente mantenha este intercâmbio!
Beijos
ana maria

Unknown disse...

Sempre que entro por essa porta entreaberta me sinto melhor. Sinto-me entrando num mundo novo, desconhecido, mas, que me encaixo e consigo me ver, como se fosse um espelho refletido.

Débora Cruz

R. disse...

eu peguei o ritmo e estou indo até o fim.
até o sangue jorrar em mim.