sexta-feira, abril 30, 2010

Poderia morrer essa madrugada, estraçalhada no concreto. Ou submersa no Lago Paranoá. Virar comida de peixe, lenda urbana, pedaços de seca. Conseguir me espalhar por todos os monumentos brancos, dores pingadas de um lamento. Rabiscar essa espera infinita e fazer um quadro abstrato com cores frias. Não passar pelo caminho da tua casa, não sentir a lembrança estampada no meu rosto marcado. Ser um pequeno azulejo quebrado do parque da cidade. E cessar qualquer esperança chula de uma felicidade mofada. 

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