terça-feira, setembro 13, 2011

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Dias ansiosos de alegria e medo. De mudança. Assumir posições, lugares, escolhas. Dizer pra que veio, sem mesmo saber o porquê veio. Ter vontade de fugir. De sair à francesa. De inventar um curso do outro lado do mundo. E ao mesmo tempo, planejar abraços mais fortes aqui. Escrever mais, com mais qualidade. Escancarar o que as pessoas fingem não entenderem. Dividir a loucura com coragem. Ser responsável pelo grito. Entender a mediocridade humana. Esquecer essa seriedade imposta por uma sociedade hipócrita. Se permitir o erro. O processo. O tempo. Não aceitar o raso, a superfície instantânea. Chorar compulsivamente. Acreditar em ideologias gastas. Aceitar a vaidade. Matar o superego familiar. Se questionar os porquês. Entender que só é possível com amor. Mesmo que pareça clichê e imaturo. Tomar um porre de conhaque barato. Se assumir do jeito que você é. Transbordar as qualidades e os defeitos.  Achar seu lugar na cidade. No mundo. No outro. Em si. Não levar nada tão a sério. Pedir mais muros para pixar. Martelar concretos armados. Achar as frestas, os caminhos desconhecidos. Beijar a crise. O caos. A oportunidade de mudar tudo, de novo. De rever o seu reflexo no espelho. E pedir mais dias ansiosos de alegria e medo.

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