domingo, abril 01, 2012

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Concentração, silêncio. O trabalho árduo. O inferno da mesma frase. Digitar e deletar, incontáveis vezes. Exaustão da alma. Um mergulho profundo sem droguinhas superficiais contemporâneas. A obrigação de estar inteiro, presente, olhando para o seu umbigo. Pra tela em branco. Esse abismo das palavras repetidas para criação de um “algo novo”. A incompetência, a percepção do desprezível, a vaidade castradora. A insuportável condição humana que necessita de uma solidão extrema. Autismo, esquizofrenia, entrega absoluta. Como é difícil voltar escrever, meu deus.