Quase três. Fumava um cigarro mentolado. Pensava na sua condição. Esperava. Olhava para rosa murcha. A flor estava numa garrafa velha. Não havia água. Não havia vodca. Branca, despetalada. Seria jogada fora, no dia seguinte, durante a faxina.Poderia beber uma paixão rasgada. Seria capaz de escrever poemas. Exercitaria o auto-engano. Lá em baixo, o caminhão de lixo fazia um barulho infernal. A ausência. A mesmice. A inércia.O telefone funcionava - calado
Um comentário:
Muito bom, muito bom mesmo. Vou atrás do livro! E adorei esse final: o funcionamento calado do telefone.
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