Não devo fechar, nem abrir:
deixar entreaberta.
Sumir com a certeza,
e mostrar apenas uma fresta.
Respirar duas vezes,
pensar outras 500.
Olhar a nova ruga no espelho
Chá de camomila com menta!
Acender um incenso
Olhar para o lado
Será que devo sair de mansinho
ou correr acelerado?
Segurar as pernas que balaçam
Meu eterno medo de ter medo
O receio da dança à dois.
De ser pássaro preso no rochedo.
É melhor esquecer de tudo isso.
Deixar o tempo passar.
Parar de escrever e pensar:
Porque se preocupar tanto,
se no fundo o que todos querem é amar?